Como os capacetes são feitos?
Basicamente os capacetes são feitos em duas partes: Uma película protetora de plástico ou carcaça e uma capa (a que envolve a cabeça) de poliestireno expandido.
A película exterior protege o poliestireno do desgaste natural (pelo sol, chuva, granizo e a umidade) e o mantém unido e compacto já que esse material tende a formar pequenas rachaduras.
O poliestireno é o material mais importante do capacete porque é encarregado de absorver o impacto, achatando-se primeiro e rompendo-se depois. A Wikipedia nos conta que os capacetes estão otimizados para ser plenamente efetivos em quedas em uma velocidade de 20 quilômetros por hora que não haja outros veículos.
Se a velocidade é de 50 quilômetros por hora, por exemplo, o capacete fará que o impacto seja o equivalente ao de um tombo a 45 quilômetros por hora, também evitará cortes e hematomas no couro cabeludo (nada insignificante) e distribuirá a força do impacto por uma área maior do crânio. É como dizer que seria a diferença entre receber um golpe com um martelo ou com uma panela.
Há vários tipos de capacetes:
De carcaça dura ou de carcaça suave (também existe sem carcaça mas quase não se fabricam mais). Contra as pancadas são mais eficazes os de carcaça dura mas transpiram muito mais, e seu uso é praticamente inviável quando se está fazendo exercício físico intenso e a temperatura exterior não é abaixo de zero. Os capacetes de carcaça dura são habituais entre os que praticam manobras e outras variedades loucas do ciclismo de montanha.
Podem ser fabricados com a tecnologia in-mold ou não. O primeiro quer dizer que o poliestireno se fabrica diretamente sobre a carcaça exterior como se essa fosse um molde. Assim ambas as peças se encaixam perfeitamente ficando solidamente unidas. A outra forma de fazer os capacetes implica que as peças são fabricadas separadamente e se juntam depois, o que faz do capacete um pouco menos robusto. Atualmente a maioria dos capacetes são fabricados com a tecnologia in-mold.
Qualidade e Preço
Os capacetes mais caros não são necessariamente os mais seguros. O preço dos capacetes depende de questões como seu peso, a ventilação, se possui viseira ou não, os sistemas de ajuste e claro, o design do capacete.
Os capacetes mais baratos custam em torno de 40 reais e podem chegar a 800 reais, que são alguns modelos super sofisticados. O preço não indica uma maior segurança. Todo capacete homologado deve funcionar bem, a diferença está nas outras características que comentamos acima.
Tamanhos
Os capacetes, como quase tudo na vida, vêm em diferentes tamanhos dependendo da circunferência da cabeça. Os tamanhos tradicionais valem para cabeças com circunferências entre 50 e 62, dependendo de fabricantes e modelos. Por exemplo, minha cabeça tem uma circunferência de 56cm e isso equivale a um ‘M’ da marca Giro, que vale para cabeças entre 55 e 59cm devido a regulagem de circunferência que tem no capacete.
A melhor maneira de saber se o capacete é do tamanho certo para você é provando ele. Atualmente a maioria dos capacetes vem com uma espécie de cinta de regulagem para se adequar melhor à cabeça.
Ajuste do capacete
Para que o capacete proteja sua cabeça como deve é preciso que ele esteja ajustado corretamente. Isto é:
A borda do casco deve estar um ou dois dedos acima da sobrancelha de maneira que quando você olhe para cima consiga ver a borda.
A correia que tem no capacete deve estar bem ajustada. O ideal que que sobre menos de 4 centímetros de distância entre a correia e o queixo, e a parte lateral da correia deve fazer um ‘V’ levemente encostado na pele. O resultado final deve ser de um capacete firme porém sem apertar.
Este é o teste para saber se você fez corretamente:
A. Ao abrir a boca aperta sua cabeça?
Abra a boca o máximo como se estivesse bocejando. Você deve sentir o quanto o capacete se pressiona sobre sua cabeça. Se sentir algum incômodo deverá afrouxar e se não pressionar nada você deve apertar mais as correias do queixo.
B. Você pode mover o capacete facilmente para trás e para frente?
Você deve ajustar a cinta de regulagem primeiro, e depois as correias do queixo até que o capacete fique firme.
Para quem tem cabelos compridos, um truque: você pode ajudar a manter o capacete na posição fazendo um rabo de cavalo e passando no triângulo que faz a cinta de ajuste e o próprio capacete. Dependendo da altura do rabo de cavalo o capacete ficará bem posicionado.
Conselhos variados
Os capacetes possuem validade, assim como os iogurtes. Com o tempo o poliestireno perde a elasticidade e já não protege o suficiente as pancadas. Como orientação básica, podemos dizer que a idade média de validade de um capacete é de 5 anos, mas depende da marca e modelo.
Quando o capacete recebe seu primeiro impacto forte também deixa de ser funcional: o material perde a tensão, e não reagirá de forma correta quando tiver outro impacto. Nesse caso, se você teve alguma batida considerável, troque o capacete.
Para cicloturismo recomendamos os capacetes com viseira (aba). Além de proteger contra o sol, também evitam que as chuvas pesadas se choquem diretamente com o rosto, quando a chuva pesada bate na viseira além de diminuir drasticamente a velocidade da água, também transforma uma grande gota em pequenas partículas de água.
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