O que fazem desses atletas grandes nomes do ciclismo? O que eles tem que um ciclista de fim de semana não tem? Vamos tentar dar uma resposta simples e direta sobre isto. Em anexo segue a tabela 1 que demonstra o desgaste durante provas como o tour, o giro e a vuelta, diferenciando
o tipo de cada prova.
Notem que durante um percurso plano,
onde se mantém em média 45km/h, a exigência física é quase que
plenamente aeróbia, e esses atletas têm seu corpo em desequilíbrio
apenas em escapadas, sprints, grandes montanhas e alguns momentos do
contra-relógio, o que demonstra o tamanho da adequação que seus corpos
já sofreram.
Esta outra tabela 2 em anexo demonstra algumas variáveis fisiológicas de ciclistas profissionais.
Esta outra tabela 2 em anexo demonstra algumas variáveis fisiológicas de ciclistas profissionais.
Reparem que o VO2 relativo desses
ciclistas gira em torno de 87ml/kg/min, o que demonstra um adaptação ao
treinamento cardiovascular. Essas alterações facilitam a entrada de
oxigênio no músculo, aumentam a captação de oxigênio pelas células
musculares (aumento do número de mitocôndrias, células mais oxidativas).
Isso é obtido a partir da adaptação do músculo cardíaco, que bombeia
mais sangue fazendo menos esforço (hipertrofia excêntrica do músculo
cardíaco), e é possível notar isso quando o atleta apresenta freqüência
cardíaca de repouso baixa chegando a ficar por volta de 35bpm. Melhorias
na hemodinâmica também são notadas.
Quando colocamos um ciclista experiente do lado de outro com pouca experiência é possível notar a uma igual intensidade relativa (mesmo VO2), mesmo ambos tendo igual VO2max, um desgaste maior do indivíduo inexperiente. Isso se dá principalmente pela coordenação muscular que no ciclista experiente está muito mais fundamentada. O mesmo ocorre quando iniciamos o trabalho com musculação depois de 8 semanas, em média apresentamos um aumento da capacidade de força nos exercícios treinados muito maior do que o esperado para as outras semanas seguintes, isso pela melhor coordenação intra e intermuscular. Dentro dessa coordenação podemos citar a diminuição da ativação antagônica ao movimento (muito visível em atividades cíclicas como o ciclismo), melhor interação da ativação dos músculos estabilizadores, entre outras adaptações.
Não podemos deixar de lado as experiências cognitivas, pois o ciclista experiente conhece bem o seu corpo e sabe o que ele suporta, consegue dosar a intensidade do exercício para que chegue ao final da prova com gás para um sprint final.
Enfim, o bom ciclista é o conjunto da preparação física, que está ligada à sua metodologia de treinamento (é sempre interessante consultar alguém capacitado para fazer isso). Esse treinamento gera uma série de alterações fisiológicas que resultam num melhor desempenho. Não podemos esquecer que essas alterações geralmente estão ligadas as limitações genéticas do atleta, e que além da preparação física, a experiência psicológica é essencial para o bom desempenho de qualquer atleta.
Quando colocamos um ciclista experiente do lado de outro com pouca experiência é possível notar a uma igual intensidade relativa (mesmo VO2), mesmo ambos tendo igual VO2max, um desgaste maior do indivíduo inexperiente. Isso se dá principalmente pela coordenação muscular que no ciclista experiente está muito mais fundamentada. O mesmo ocorre quando iniciamos o trabalho com musculação depois de 8 semanas, em média apresentamos um aumento da capacidade de força nos exercícios treinados muito maior do que o esperado para as outras semanas seguintes, isso pela melhor coordenação intra e intermuscular. Dentro dessa coordenação podemos citar a diminuição da ativação antagônica ao movimento (muito visível em atividades cíclicas como o ciclismo), melhor interação da ativação dos músculos estabilizadores, entre outras adaptações.
Não podemos deixar de lado as experiências cognitivas, pois o ciclista experiente conhece bem o seu corpo e sabe o que ele suporta, consegue dosar a intensidade do exercício para que chegue ao final da prova com gás para um sprint final.
Enfim, o bom ciclista é o conjunto da preparação física, que está ligada à sua metodologia de treinamento (é sempre interessante consultar alguém capacitado para fazer isso). Esse treinamento gera uma série de alterações fisiológicas que resultam num melhor desempenho. Não podemos esquecer que essas alterações geralmente estão ligadas as limitações genéticas do atleta, e que além da preparação física, a experiência psicológica é essencial para o bom desempenho de qualquer atleta.
VIA:ciclismobr
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